sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Cartas de Controle Parte 2

Parte 2 do Artigo sobre Carta de Controle
Projetando um gráfico de Controle
Vamos ilustrar a construção de um Gráfico ou Carta de Controle. Imaginem que um processo onde as amostras tem em média 250mm de espessura com um desvio-padrão de 10mm por amostra e se tira uma única amostra por lote. Devemos então baseado na média e no desvio-padrão determinar os limites da carta da seguinte maneira:
LSC = 250 + 3*10 = 280mm
LIC = 250 - 3*10 = 220mm
Se tivéssemos uma amostra com 5 unidade por lote deveríamos tirar o desvio-padrão da média amostral, ou seja, a média do desvio das 5 amostras teríamos o valor de 4,47.
Logo nossos limites seriam:
LSC = 250 + 3*4,47 = 263,4mm
LIC = 250 - 3*4,47 = 236,6mm
Nosso gráfico está pronto, agora temos uma carta como a de baixo e com os dados já lançados.
O valor 3 utilizado para calcular os limites da carta vem da tabela estatística que indica a porcentagem de amostra dentro desses limites, e nesse caso estamos dizendo que apenas 0,0027% da amostras devem estar fora dos limites de 3 sigmas.
Gráfico 1: Carta de Controle de Shewhart

Padrões de comportamento de Gráficos de controle
Cartas de controle são utilizados para manter o processo sob controle estatístico, porem, nem sempre o processo está sob controle apenas porque todos os pontos estão dentro dos limites de controle, o processo pode apresentar algum tipo de tendência indicando que o mesmo não está sob controle, entretanto algumas vezes fica difícil perceber tais padrões quando não se tem conhecimento do processo e para isso existem algumas regras que indicam se o processo está tendencioso ou não aleatório da forma que deveria, e segundo Montgomery, 2003 são eles:
  • Um ponto fora dos limites de controle (3 sigmas);
  • Dois de três pontos consecutivos caírem além do limite de 2 sigmas;
  • Quatro de cinco pontos consecutivos caírem a uma distância de 1 sigma ou além da linha central;
  • Oito pontos consecutivos caírem do mesmo lado da linha central
O Standard, 2012 nos dá parâmetros semelhantes aos parâmetros de Montgomery, 2003 com a diferença dele ser voltado para análises químicas.
Mas cada responsável pelo processo deve ficar atento a seus próprios padrões de comportamento como cartas com comportamentos cíclicos, quedas ou aumentos bruscos nos pontos, ou qualquer outro comportamentos não aleatório. E mais do que reconhecer os padrões, deve saber o que originou tais comportamentos para dessa forma resolver o problema.
Continua...

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