Gráficos
para atributos
Quando temos que monitorar o
processo baseado em uma escala não contínua ou não quantitativa, os gráficos
apresentados até agora não servem , necessitamos de um tipo de gráfico que meça
a qualidade do produto baseado em certos atributos ou quantidade de defeitos,
ou ainda em conformidades ou não-conformidades, para isso utilizamos gráficos
do tipo para atributos.
Gráfico
P ou Gráfico de Proporções
Suponha que uma amostra de tamanho
n possua D observações defeituosas, então temos uma fração defeituosa p da
amostra como mostrado a seguir:
P = D/n
Temos que a variância de p é dado
por:
S^2 = p(1-p)/n
E para utilizarmos os limites da
carta a partir da variância de p temos:
LSC = p(médio) + 3 √(p(1-p)/n)
LSC = p(médio)
LSC = p(médio) - 3 √(p(1-p)/n)
Porém, os dados de fração
defeituosa é quase sempre desconhecida então os dados devem ser estimados
baseados em dados preliminares. Quando p for pequeno, os limites devem ser
estimados a partir de tabelas de probabilidade binomiais pois os limites podem
ficar estreitos demais, e no caso do LIC, este pode até ser negativo, mas nesse
caso, basta considerarmos o LIC zero.
É comum também fazer uso da carta de número de defeitos por amostra ao invés da fração
defeituosa, em geral os limites são bem parecidos porém em unidade de valores
diferentes.
Gráfico de U ou
de Defeitos por Unidade
Esse tipo de gráfico é um tipo de gráfico de atributos que
limita a quantidade máxima de defeitos que cada amostra pode contem baseado em
dados preliminares, um exemplo é a quantidade de defeitos por metro quadrado de
tecido de uma linha de produção de uma tecelagem.
Supondo que uma amostra m com n observações e um total C
de defeitos, temos que U é q quantidade de defeitos por unidade:
U=C/n
E os limites de controle desse gráfico são:
LSC = U(médio) + 3 √(U/n)
LSC = U(médio)
LSC = U(médio) - 3 √(U/n)
Quando U
médio é pequeno, os limites podem ficar muitos estreitos e o LIC pode vir a se
tornar negativo, nesse caso é comum considerá-lo como zero.
Caso todos os pontos estejam dentro dos limites, temos a carta está adequada para uso.
Existem diversos outros tipos de cartas de controle mas
que são pouco utilizadas e que não discutiremos aqui, mas que podem ser
encontradas em livros e sites especializados.
Os artigos sobre cartas de Controle terminam aqui e iremos explicar o conceito do Ciclo PDCA na próxima postagem.
Diversos exemplos e exercícios podem ser encontrados no treinamento de Ferramentas da Qualidade ministrado por mim (Raul Braghin) com minha empresa que está em processo de abertura.
Referência
MONTGOMERY,
Douglas C.; RUNGER, G. C. Estatística
aplicada e probabilidade para engenheiros. 2ed – Rio de Janeiro :
LTC, 2003.
Standard Methods for the Examination of Water and
Wastewater – 22nd Edition, 2012 – Método 1020.B.13-c.
JATOBÁ, Paulo
César. As Ferramentas da qualidade -
Aprendendo a aplicar para solucionar problemas: BANAS, 2004. Disponível em <www.banasqualidade.com.br>. Acesso em
12/08/2013 as 09:40.
KANAMURA, Alberto
Hideki; NETO, Gonzalo Vecina; ARAKI, Paulinho Shiguer; MALIK, Ana Maria. Manual do Programa de Gestão da Qualidade
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo:
2002. Disponível em < http://portalses.saude.sc.gov.br/arquivos/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/ed_03/pdf/07_01.pdf >. Acesso em
09/07/2013 as 07:35.
Controle Estatístico de Processo: Portal Action,
2013. Disponível em: <http://www.portalaction.com.br/content/cep-0>.
Acesso em: 08/10/2013, 09:30.
Ferramentas da
Qualidade: SEBRAE, 2005. Disponível em: < http://www.dequi.eel.usp.br/~barcza/FerramentasDaQualidadeSEBRAE.pdf>. Acesso em:
12/08/2013, 10:18.
Aildefonso, Edson C. Ferramentas da Qualidade: CEFETES, 2006.
Disponível em: <ftp://ftp.cefetes.br/cursos/CodigosLinguagens/EAildefonso/FERRAMENTAS%20da%20QUALIDADE%20I.pdf>. Acesso em:
12/08/2013, 16:40.
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