Diagrama de Correlação
Diagrama de Correlação ou
Diagrama de Dispersão é utilizado para descobrir e/ou mostrar a relação entre
duas variáveis com a finalidade de verificar o comportamento de um processo e
confirmar a relação entre elas.
Esse diagrama é comumente
utilizado após a realização do Diagrama de Ishikawa para que se possa verificar
se existe uma possível relação entre a causa e o efeito encontrado no diagrama,
e se essa relação é forte, fraca ou se não existe qualquer relação.
O único pré-requisito para a
construção desse diagrama é a coleta de dados sob forma de pares ordenados, em
tempo determinado, das variáveis que se deseja estudar.
Construção do Diagrama
- Planejar a coleta de dados da mesma maneira que é feito na Folha de Verificação;Coletar pelo menos 30 pares de dados (X,Y) da relação que se deseja estudar;
- Designar os eixos X e Y;
- Determinar os valores de máximo e mínimo para determinar a escala dos mesmos;
- Plotar os dados no diagrama e, caso existam dados repetidos, identificá-los de preferência com círculos concêntricos;
- Identificar adequadamente cada eixo, suas escalas, e outros dados relevantes.
Vantagens
- Estabelecer possíveis relações entre as variáveis a serem analisadas;
- Fácil identificação da intensidade de relacionamento;
- Comprova a relação entre dois efeitos.
Desvantagens
- Exige um grande conhecimento do processo que está sendo analisado;
- Não há garantia da relação causa-efeito, pois algumas vezes é necessário reunir mais informações para tirar conclusões, ou a relação pode estar na verdade em uma subcausa.
O Diagrama
de Dispersão mostra os dados plotados em forma de nuvem, e essa nuvem pode ser
facilmente identificada como relação forte, fraca ou nula apenas visualmente,
porém, a utilização de uma linha de tendência confirma se a relação é mesmo
forte ou não através do R² (R-quadrado) que corresponde ao grau de correspondência entre os valores estimados
para a linha de tendência e os dados reais, porem, não existe uma regra
que diz a partir de determinado valor de R² a correlação é forte ou não, isso
pode variar de processo para processo. Entretanto, quanto mais próximo de 1 for
o valor de R², mais forte a correlação entre as variáveis.
Segue
alguns exemplos de gráficos de correlação com suas respectivas linhas de
tendência e R²:
Ilustração 1:
Gráficos
de correlação Forte (direita), Fraco (esquerda) e Nulo (abaixo)
Podemos
ver que no gráfico superior esquerdo o valor de R² é aproximadamente 0,86, nesse
processo pode ser considerado uma relação forte entre a quantidade de defeitos
por hora, já no gráfico superior direito, R² representa uma correlação baixa
com o valor de 0,66 e no gráfico inferior, o R² é muito próximo de 0, ou seja,
não existe qualquer relação entre a quantidade de defeito e a hora do dia.
Colocando em prática
Esse tipo
de diagrama segue o mesmo processo da folha de verificação, logo, para se ter
maiores esclarecimento consulte a post Folha de Verificação nesse link, mas é importante salientar que nesse processo, o
conhecimento de Excel é muito importante para facilitar a criação tanto da
folha de verificação quanto do diagrama de correlação, e também para a próxima
ferramenta que irei postar, o Histograma.
Referência
JATOBÁ,
Paulo César. As Ferramentas da qualidade
- Aprendendo a aplicar para solucionar problemas: BANAS, 2004. Disponível em
<www.banasqualidade.com.br>.
Acesso em 12/08/2013 as 09:40.
MARTINS, Rosemary;
BASTIANI, J A de.
Diagrama de Pareto: Blog da
Qualidade, 2012. Disponível em <http://www.blogdaqualidade.com.br/diagrama-de-dispersao-ou-de-correlacao
/>. Acesso em 18/09/2013, 12:35.
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