Capabilidade do Processo
Capabilidade
do processo é a avaliação e a quantificação das variabilidade do processo por
causas comuns. Esse processo de avaliação do processo mede se ele é capaz de
atender as especificações do cliente baseado no controle estatístico do próprio
processo, ou seja, para que o processo seja capaz, ele precisa estar primeiro sob
rigor estatístico mas, não necessariamente ele é capaz de atender determinadas
especificações. Por exemplo, a produção de copos descartáveis produz copos com
massa de 3 gramas
com desvio de ± 0,1 e um cliente precisa de copos com 3 gramas e uma
variabilidade de ± 0,5. Nesse caso temos um cpk = 1,67, ou seja, o processo além
de estar sob controle estatístico ele é capaz de atender as especificações do
cliente.
Primeiramente
temos que ter nosso processo sob controle, e para isso veja o post sobre Cartas de Controle para entender como ter o processo
sob controle estatístico, agora temos que saber a distribuição normal do nosso
processo, para isso temos que fazer uso de histogramas, veja como nessa
postagem sobre Histogramas. Agora se a
distribuição for normal, ou seja, o histogramas estiver na forma normal,
devemos calcular o cp e o cpk do processo para saber se ele atende as
especificações do nosso cliente.
Cp é
a medida da capacidade do processo atender as especificações do cliente e é
dado por:
Cp = (LSE-LIE)/6σ
Onde: LIE é o limite inferior de especificação
LSE é
o limite superior de especificação
σ é o desvio padrão e pode ser dado pela razão
entre a amplitude amostra média e o d2 (conforme tabela)
ou pela razão entre o desvio padrão amostral médio e o c4 (conforme tabela).
Cpk é
a medida da variação unilateral do processo, ou seja, é o índice Cp de apenas
um dos lados do histograma normal, e é dado por:
Cpk = (LSE-µ)/3σ ou Cpk = (µ-LIE)/3σ o que for menor
Onde:
µ é a
média amostra
Costuma-se
utiliza-se como Cpk o menor valor entre os dois testes acima, pois quanto menor
o Cp ou Cpk, maiores as chances de encontrar um defeito, trazendo uma
estratégia mais conservadores e fazendo com que a atenção do processo seja
maior.
Depois
de se obter os valores de Cp e Cpk é feita a comparação dos dados baseada na
seguinte tabela:
Tabela 1: Tabela de significado para
valores de Cp e Cpk
Cp = Cpk
|
O Processo está totalmente centralizado
|
Cp > Cpk
|
O processo está descentralizado
|
Cpk = 0
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A média do Processo está exatamente sobre um dos limites de controle
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Cpk < 0
|
A média do processo está fora dos limites de especificação
|
Cpk < -1
|
Todo o processo está fora dos limites de especificação
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Cp ou Cpk < 1
|
O processo é inadequado
|
1 < Cp ou Cpk < 1,33
|
O processo é adequado
|
Cp ou Cpk > 1,33
|
O processo é bastante satisfatório
|
É
importante que seja coletada a maior quantidade possível de dados para que os
dados de carta de controle, amplitude, Cp e Cpk sejam os mais realistas possíveis,
pois o Cp e o Cpk são indicadores para saber se o processo é capaz de atender
determinadas especificações antes que o produto entre em processo, logo, se não
tivermos indicadores reais e representativos do processo, podemos fazer uma
estimativa errada.
Quando
o histograma não possuir uma distribuição normal, temos que tentar levá-la a
uma distribuição normal para podermos estimar melhor a capabilidade do
processo, e para isso deve-se por exemplo, transformar todos os dados em log,
ou em 1/x ou ainda em outro dado qualquer para que a estimativa seja correta.
Referencias
Índices de pacidade
do Processo: Cp e Cpk. Portal Action. Disponível em < http://www.portalaction.com.br/566-%C3%ADndices-de-capacidade-do-processo-cp-e-cpk>
Acesso em 04/12/2013, 13:15.
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