sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Capabilidade do Processo

Capabilidade do Processo

Capabilidade do processo é a avaliação e a quantificação das variabilidade do processo por causas comuns. Esse processo de avaliação do processo mede se ele é capaz de atender as especificações do cliente baseado no controle estatístico do próprio processo, ou seja, para que o processo seja capaz, ele precisa estar primeiro sob rigor estatístico mas, não necessariamente ele é capaz de atender determinadas especificações. Por exemplo, a produção de copos descartáveis produz copos com massa de 3 gramas com desvio de ± 0,1 e um cliente precisa de copos com 3 gramas e uma variabilidade de ± 0,5. Nesse caso temos um cpk = 1,67, ou seja, o processo além de estar sob controle estatístico ele é capaz de atender as especificações do cliente.
Primeiramente temos que ter nosso processo sob controle, e para isso veja o post sobre Cartas de Controle para entender como ter o processo sob controle estatístico, agora temos que saber a distribuição normal do nosso processo, para isso temos que fazer uso de histogramas, veja como nessa postagem sobre Histogramas. Agora se a distribuição for normal, ou seja, o histogramas estiver na forma normal, devemos calcular o cp e o cpk do processo para saber se ele atende as especificações do nosso cliente.
Cp é a medida da capacidade do processo atender as especificações do cliente e é dado por:
Cp = (LSE-LIE)/6σ
Onde:  LIE é o limite inferior de especificação
LSE é o limite superior de especificação
σ  é o desvio padrão e pode ser dado pela razão entre a amplitude amostra média e o d2 (conforme tabela) ou pela razão entre o desvio padrão amostral médio e o c4 (conforme tabela).
Cpk é a medida da variação unilateral do processo, ou seja, é o índice Cp de apenas um dos lados do histograma normal, e é dado por:
 Cpk = (LSE-µ)/3σ ou Cpk = (µ-LIE)/3σ o que for menor
Onde:
µ é a média amostra
Costuma-se utiliza-se como Cpk o menor valor entre os dois testes acima, pois quanto menor o Cp ou Cpk, maiores as chances de encontrar um defeito, trazendo uma estratégia mais conservadores e fazendo com que a atenção do processo seja maior.
Depois de se obter os valores de Cp e Cpk é feita a comparação dos dados baseada na seguinte tabela:
Tabela 1: Tabela de significado para valores de Cp e Cpk
Cp = Cpk
O Processo está totalmente centralizado
Cp > Cpk
O processo está descentralizado
Cpk = 0
A média do Processo está exatamente sobre um dos limites de controle
Cpk < 0
A média do processo está fora dos limites de especificação
Cpk < -1
Todo o processo está fora dos limites de especificação
Cp ou Cpk < 1
O processo é inadequado
1 < Cp ou Cpk < 1,33
O processo é adequado
Cp ou Cpk > 1,33
O processo é bastante satisfatório

É importante que seja coletada a maior quantidade possível de dados para que os dados de carta de controle, amplitude, Cp e Cpk sejam os mais realistas possíveis, pois o Cp e o Cpk são indicadores para saber se o processo é capaz de atender determinadas especificações antes que o produto entre em processo, logo, se não tivermos indicadores reais e representativos do processo, podemos fazer uma estimativa errada.
Quando o histograma não possuir uma distribuição normal, temos que tentar levá-la a uma distribuição normal para podermos estimar melhor a capabilidade do processo, e para isso deve-se por exemplo, transformar todos os dados em log, ou em 1/x ou ainda em outro dado qualquer para que a estimativa seja correta.
Referencias

Índices de pacidade do Processo: Cp e Cpk. Portal Action. Disponível em < http://www.portalaction.com.br/566-%C3%ADndices-de-capacidade-do-processo-cp-e-cpk> Acesso em 04/12/2013, 13:15.

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