Fluxograma de
Processo
“Uma fotografia vale mais que mil palavras”. Se pudéssemos modificar
este antigo provérbio e ampliá-lo um pouco para cobrir os processos nas
organizações, ele poderia ser escrito assim: “Um fluxograma vale mais do que
mil palavras”. (Aildefonso, 2006)
O Fluxograma é uma ferramenta
indispensável para mapear e entender o funcionamento do processo e a ligação
entre diferentes processos.
Fluxogramas são indicações do
passo a passo do processo para que possamos entendê-lo, melhorá-lo ou mesmo
alterá-lo de modo a facilitar o entendimento e a visualização do mesmo. O
Fluxograma nos dá a quantidade de etapas percorrida por um produto durante sua
produção, como o trabalho flui pelos colaboradores, entre outras coisas.
Os diagramas são
elaborados basicamente com símbolos de fácil identificação, para que as etapas
do processo sejam prontamente entendidas, ou seja, saber onde é ponto de
decisão, inicio, fim, etapa, preparo, manufatura, fluxo, etc. A Figura 1 mostra alguns símbolos que representam o processo:
Figura 1: Simbologia utilizada na construção de Fluxogramas
O Fluxograma de Processo pode ser
utilizado por qualquer organização e em qualquer tipo de processo, por isso
existem diversos tipos de fluxogramas para as mais diversas aplicações:
Fluxograma
de Blocos ou Diagrama de Blocos: é um fluxograma genérico, sem muita
complexidade ou explicação, ele demonstra o processo de maneira simples e
lógica.
Fluxograma
Vertical ou de Trabalho: utilizado para descrever a rotina de trabalho num
determinado setor. É muito utilizado para trabalhos de levantamentos de dados.
Fluxograma
administrativo ou de rotinas de trabalho: Muito utilizado na análise e
racionalização de fluxo de formulários. É semelhante ao Fluxograma Vertical
porém muito mais detalhado, e por isso pode ser subdividido em fluxos mais
simples.
Fluxograma
Global, de Colunas ou Horizontal: é utilizado na exposição de esquemas ou
rotinas sem muita explicação pois as etapas são auto explicativas, e não
necessariamente utiliza os símbolos mostrados na Figura 1, pode utilizar imagens ou figuras que representam as etapas do processo já que este tipo de fluxograma deve ser auto explicativo.Abaixo temos um exemplo de Fluxograma de Blocos de uma empresa de Laminação de PVC.
Figura 2: Fluxograma do processo de Laminação de PVC
Como
descrever um processo
Descrição de processo existente:
- Identificar o início e o fim do processo;
- Observar todo o processo do início ao fim;
- Definir todas as etapas do processo;
- Elaborar um rascunho do fluxograma;
- Analisar criticamente o rascunho com todos os envolvidos;
- Melhorar o rascunho de acordo com a análise crítica;
- Comparar o fluxograma com o processo real;
- Datar o diagrama para futuras referencias e utilizações;
Descrição de um novo processo :
- Identificar o início e o fim do processo;
- Visualizar as etapas a serem realizadas no processo (atividades, decisões, entradas e saídas);
- Definir as etapas do processo;
- Elaborar um rascunho do fluxograma;
- Analisar criticamente o fluxograma com as pessoas envolvidas no processo;
- Melhorar o rascunho baseado na análise crítica;
- Datar o diagrama para futuras referências e utilizações.
Mas a
real utilidade do fluxograma é entender o processo, isso porque o processo muda
lentamente e sua complexidade vai aumentando e gerando acúmulo de tarefas
desnecessárias que geram uma queda da produtividade global do processo. Com o
fluxograma básico composto de suas principais etapas e sub-etapas nas mãos
devemos nos perguntar: “Onde estamos nos desviando do caminho?” ou “qual o
motivo de nos desviarmos do caminho?”, e a partir daí podemos determinar
diversos parâmetros como quais etapas são desnecessárias, quais nos levam a ter
problemas ou potencias problemas.
Colocando em prática
Todo
fluxograma é baseado num processo, logo para construir um fluxograma deve-se
conhecer minimamente o processo ou ser auxiliado por quem conhece o mesmo. Portanto
vamos a algumas dicas de como construir um fluxograma:
Durante
a construção do fluxograma é sempre bom ter alguém para ajudar pois é um
trabalho complexo, e algumas vezes sub-etapas importantes passam despercebidas.
Peça
ajuda de pessoas de todos os níveis da organização, líderes, operadores,
gerentes, etc. Cada um vai mostrar a parte que ele vê e entende do processo, e
a junção de todos esses conhecimentos vai fazer o fluxograma mais completo, porém,
cuidado para não se atropelar com muitas etapas e nem deixar o fluxogramas mais
complexo que o processo.
Cuidado
com pessoas que “sabem tudo”, essas pessoas podem estar querendo impressionar
ou fingir que entendem do assunto porque estão sempre passando por todos os
setores da fábrica, então tenha em mente que cada um entende bem do seu próprio
setor, e o líder entende bem a fábrica em geral mas não cada setor individualmente.
Com
isso basta te ajuda das pessoas certas de cada área que o fluxograma estarácorreto
e sucinto.
Referencia
JATOBÁ, Paulo César. As Ferramentas da qualidade - Aprendendo
a aplicar para solucionar problemas: BANAS, 2004. Disponível em <www.banasqualidade.com.br>.
Acesso em 12/08/2013 as 09:40.
KANAMURA, Alberto Hideki; NETO,
Gonzalo Vecina; ARAKI, Paulinho Shiguer; MALIK, Ana Maria. Manual do Programa de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: 2002. Disponível em
< http://portalses.saude.sc.gov.br/arquivos/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/ed_03/pdf/07_01.pdf
>. Acesso em 09/07/2013 as 07:35.
Ferramentas da
Qualidade: SEBRAE, 2005. Disponível em: < http://www.dequi.eel.usp.br/~barcza/FerramentasDaQualidadeSEBRAE.pdf>.
Acesso em: 12/08/2013, 10:18.
Aildefonso, Edson C. Ferramentas da
Qualidade: CEFETES, 2006. Disponível em: <ftp://ftp.cefetes.br/cursos/CodigosLinguagens/EAildefonso/FERRAMENTAS%20da%20QUALIDADE%20I.pdf>.
Acesso em: 12/08/2013, 16:40.
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